segunda-feira, 29 de setembro de 2008

5 dia (Sab 27/09). Pacajá a Uruará

Esse é o meu caminho
Uma obra que nao acaba

Esse é o famoso pé de açai

Seu Geraldo e esposa. Um dos primeiros colonizadores a chegar em Altamira. Um arquivo vivo da Transamazonica

Margem do Rio Xingu em Altamira
Local onde foi inaugurada a Rodovia. Aqui Medici derrubou uma Castanheira. O pessoal local chama aquele toco de: " O pau do Presidente". O local está totalmente abandonado.

Travessia do Rio Xingu em Favania
Entrada da cidade de Anapu. A causa da Missionaria nao morre.
Carvoarias em Anapu


5 dia (Sab 27/09). Pacajá a Uruará

Saio ansioso para alcançar logo Anapu, local onde foi morta a missionária Dorothy Stein. Ainda em Pacajá ouvi notícias de que a cidade está parada. O tempo todo a Policia federal, IBAMA, Ministério do trabalho entre outros órgãos estão fechando o cerco contra tudo que ela denunciou. Tenho certeza que onde ela está estará feliz em ver isso.
Em Anapu procuro uma carvoaria para conhecer. Entre as imensas coincidências boas desta viagem que sempre me levam ao lugar certo a hora exata, o melhor ângulo, a pessoa ideal essa foi uma das mais gratificantes. A carvoaria a qual eu fui entrando lentamente com cuidado, tive informações que eles não gostam que filmem nem fotografe porque quem faz isso sempre usa a imagem para falar mal do oficio deles.
Mas a que eu entrei fui logo recebido pelo encarregado, um rapaz de uns 25 anos que se encantou pela moto e quis saber tudo sobre a viagem. Falei um monte pra ele que ficou encantado. Depois sem que eu pedisse pra ele começou a me mostrar a carvoaria. Peguntou se eu queria que ele tirasse uma foto minha na moto perto dos fornos. Ai abusei né.
Contou-me que a realidade das carvoarias mudou muito. Realmente na que eu visitei só tinha retalhos de serraria. As operações Arco de fogo da Policia federal, as inspeções do Ministério do trabalho e o IBAMA visitam as carvoarias o tempo todo só procurando um motivo pra fechá-las. É uma briga ferrenha. Todos trabalhando com respiradores, locais para descanso, etc.
Entrei numa em que estava sendo retirado o carvão de pá. É muito calor. O cara sofre muito ainda. Consegui fazer muitas fotos e uma filmagem dele explicando como construía a carvoaria, chama o Niemayer!
Dali sigo para Altamira onde conheço o lugar onde foi inaugurada a rodovia, hoje totalmente abandonado inclusive com a placa da inauguração roubada e depois parto para conversar longamente com seu Geraldo Emidio e sua esposa, contato conseguido meses antes pela internet.
Uma lenda viva da rodovia. Um dos primeiros nordestinos que acreditaram nas promessas do Garrastazu, com dizia ele se referindo a Médici. Contou-me muitos casos. Tudo devidamente registrado.
Passaram muita dificuldade e moram lá até hoje a poucos metros de onde se instalaram quando chegaram. Há histórias que são licoes de vida.
Saio da casa do seu Geraldo e pego a Transamazônica pensativo sobre tudo que ouvi. E assim lentamente vou passando pelas agrovilas de Médici que com o tempo viraram cidade. Medicilandia, Brasil Novo entre outras até chegar em Uruará onde pernoitei.








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